sexta-feira, 20 de março de 2015

Autoimagem

Hoje na mesa do café da manhã me contaram que a França estaria para aprovar uma Lei que proíbe modelos de subir na passarela abaixo de um determinado peso, para desestimular a magreza excessiva.

Daí comecei a falar que acho a iniciativa louvável, mas que sinceramente acho que o que mais prejudica a autoimagem de pessoas "comuns" são as capas de revista cheias de edição e photoshop. Começamos a discutir sobre isso - eu e meus pais - e mostrei a eles essa foto:


Cindy Crawford, aos 48 anos, sem photoshop.

Vocês não fazem ideia do impacto que essa foto causou na minha mãe - com 51 anos e linda, na minha opinião, mas que eu vi a vida inteira fazer dieta, brigar com a balança e se autocriticar. De repente ela começou a dizer "Nossa... parece comigo... Nossa... Meu corpo é bem normal né?". 

Além da discussão que isso gerou na mesa - acompanhada do clipe da Colbie Cailat, em TRY que sempre me faz lagrimar - continuo pensando nisso até agora. 

Claro que a Lei para impedir meninas excessivamente magras nas passarelas é um primeiro passo importante. Os índices de distúrbios alimentares só aumenta e entre modelos e bailarinas, ou entre as que desejam alcançar estes postos são ainda maiores.

Mas o impacto causado  pelas edições excessivas em fotos de revistas não pode ser desconsiderado. A meu ver, embora aparentemente os casos de anorexia e bulimia que levam inclusive à morte sejam mais graves, o dano causado por esse tipo de imagem no dia a dia de milhões de mulheres é imensurável. E passa, na maior parte das vezes, despercebido.

Basta perguntar a um grupo de mulheres quem está feliz com seu próprio corpo e a quantidade de defeitos descrito seria suficiente pra encher no mínimo duas páginas. A quantidade de cirurgias estéticas só aumenta e é cada vez mais comuns entre mulheres jovens. Envelhecer é um problema. Engordar, emagrecer, celulite, estria... tudo é problema. E com a ascensão do modelo "fit" substituindo o "anoréxico" como padrão de beleza essa fixação do corpo perfeito ainda vem travestida de "saúde". Será? Será que é saudável não ser feliz? Não ser satisfeita com seu próprio corpo? 

Se o impacto desse tipo de imagem já é grande em pessoas de gerações anteriores ao photoshop - minha mãe por exemplo leu muitas revistas antes dessa evolução tecnológica - imaginem o impacto na vida de mulheres - como as da minhas geração - que desde as capas da Capricho já viam meninas sem uma única espinha, com cabelo perfeitamente arrumado e barriguinhas saradas. Não é possível não deturpar a imagem que essas mulheres tem de si mesmas. Aquilo que aparece no espelho não é nem próximo ao modelo que vemos nas revistas, blogs, filmes...

O efeito é devastador. A mulher - que tem na sociedade machista a beleza como um de seus maiores atributos, se não o maior - se vendo dessa forma se enxerga como menor. Menos capaz. Menos amada por si e por aqueles a sua volta. Exige uma dose extra de crítica conseguir enxergar que aquilo não é real.

As perguntas que me deixo são: será que isso muda? Será que precisaremos de leis limitando o uso de photoshop ou será que nós, na condição de consumidoras desse tipo de conteúdo, temos condições de mudar esses padrões e mostrar a mídia que queremos ver corpos reais? Que queremos nos ver representadas?

Até Quando???



quarta-feira, 4 de março de 2015

Feminismo for Dummies

Faz tempo que não posto aqui. Muita coisa mudando na vida, uma dissertação de mestrado pra depositar e defender, uma mudança pra fazer e um país cheio de absurdos pra comentar. Mas na falta de tempo pra escrever, venho trazer um texto muito sensato e esclarecedor escrito pela Clara Averbuck para a Carta Capital. Vale muito a leitura. Eu recomendaria demais para mim mesma aos 15 anos, pra aquela Lígia que teimava em dizer que não era feminista porque não era contra os homens...

"É assustadora a quantidade de gente que não sabe o que é feminismo. Ninguém tem a obrigação de saber, é claro, mas a partir do momento em que você decide opinar sobre um assunto, é de bom tom saber do que se trata.  As pessoas são "contra" o feminismo sem sequer saber o que significa.
É comum escutar:
"Não sou feminista, sou feminina",
"Não sou feminista e nem machista","Não sou feminista e nem machista, sou humanista",
"Não sou feminista, acho que todos deveriam ser tratados igualmente e ter os mesmos direitos".
Bom, vamos lá.
Feminismo não prega ódio, feminismo não prega a dominação das mulheres sobre os homens. Feminismo clama por igualdade, pelo fim da dominação de um gênero sobre outro. Feminismo não é o contrário de machismo. Machismo é um sistema de dominação. Feminismo é uma luta por direitos iguais.
Então se você diz "não sou feminista, acho que todos deveriam ser tratados igualmente e ter os mesmos direitos" você está dizendo, exatamente: "não sou feminista, mas sou feminista". E se você se diz humanista, bom, acredito que saiba então que o humanismo é uma filosofia moral baseada na razão humana e na ética, que coloca o ser humano acima do sobrenatural, de deuses, de dogmas religiosos, da pseudociência e das superstições e que não tem nada a ver com o assunto.
Existe essa grande falha lógica que é o sujeito achar que você tem que ser contra uma coisa pra ser a favor de outra; neste caso, "contra" os homens para ser "a favor" das mulheres. O feminismo não luta contra os homens, e sim contra o supracitado sistema de dominação, que, veja só, privilegia os homens e foi criado por... homens. Fica clara a diferença entre lutar contra um sistema e lutar contra todo um gênero?
Feminismo não tem nada a ver com deixar de usar batom, salto ou dar de quatro. Ninguém vai confiscar sua carteirinha de feminista se você usar rímel. Mas te abre para a possibilidade de só usar maquiagem quando quiser, não porque tem que obrigatoriamente estar impecável e linda todos os dias a enfeitar o mundo.
Feminismo não tem nada a ver com ser inimiga dos homens. É claro que existem feministas misândricas, mas você não é obrigada a ser uma delas.
Feminismo não tem nada a ver com esconder o corpo; muito pelo contrário, exigimos o direito de andar com a roupa que bem entendermos sem assédio ou constrangimentos. Taí a Marcha das Vadias que não me deixa mentir.
Feminismo não tem nada a ver com não ter filhos, e sim com a escolha de como e quando esses filhos virão, e se virão.
Feminismo não tem nada a ver com não ser feminina. E nem com ser.
Feminismo tem a ver com liberdade, com eu, você, elas e eles podermos todos viver e ser sem ninguém dando pitaco em como devemos nos portar, como devemos nos vestir, o que devemos dizer, do que devemos fazer com nossos corpos.
Outra coisa importante: nem todas as feministas estão de acordo a respeito de todos os tópicos. Cada um constrói seu feminismo. Como disse a Tavi Gevinson, a jovem editora da RookieMag, em uma palestra do TEDxTeen, o feminismo não é um livro de regras, mas uma discussão, uma conversa, um processo. E cada um tem o seu. Feminismo, caros, não é uma seita que reprime e excomunga quem quebra seus preceitos.
Vale sempre lembrar que o mundo machista também oprime os homens com esse negócio de que eles têm que ser os provedores, que eles têm que ser durões, que não podem chorar, que não podem demonstrar nenhuma característica atribuída ao feminino porque isso é considerado uma fraqueza - já que as mulheres são consideradas mais fracas, logo, inferiores. Gay é "xingamento" porque ser gay é ser um homem mulherzinha. Gente, não dá mais isso, 2013, sabe? Chega de reproduzir conceitos sem sequer parar para pensar neles.
Há um teste simples pra saber se você é uma pessoa que se identifica com o feminismo.
1. Você concorda que uma mulher deve receber o mesmo valor que um homem para realizar o mesmo trabalho?
2. Você concorda que mulheres devem ter direito a votarem e serem votadas?
3. Você concorda que mulheres devem ser as únicas responsáveis pela escolha da profissão, e que essa decisão não pode ser imposta pelo Estado, pela escola nem pela família?<
4. Você concorda que mulheres devem receber a mesma educação escolar que os homens?
5. Você concorda que cuidar das crianças seja uma obrigação de ambos os pais?<
6. você concorda que mulheres devem ter autonomia para gerir seu dinheiro e seus bens?
7. Você concorda que mulheres devem escolher se, e quando, se tornarão mães?
8. Você concorda que uma mulher não pode sofrer violência física ou psicológica por se recusar a fazer sexo ou a obedecer ao pai ou marido?
9. Você concorda que atividades domésticas são de responsabilidade dos moradores da casa, sejam eles homens ou mulheres?
10. você concorda que mulheres não podem ser espancadas ou mortas por não quererem continuar em um relacionamento afetivo?
Respondeu sim pra tudo?
Está confortável na cadeira?
Você é pró-feminismo, ou até... Feminista! Uau!
Você não precisa ser ativista para ser feminista. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Se você acredita na igualdade de direitos entre homens e mulheres, você é feminista.
As pessoas confundem feminismo com um monte de coisas. As pessoas têm medo da palavra FEMINISMO.
Feminismo. Feminista. Feminismo. Feminista. FE-MI-NIS-MO.
Feminismo é sobre liberdade.
E é difícil ser realmente livre neste mundo."

domingo, 20 de julho de 2014

Confissão

Senti que já era chegada a hora. Esse blog já tem cinco postagens e pouquíssimos leitores, mas senti que deveria ser honesta com vocês e revelar logo: Eu já fui coxinha. Se é que ainda não sou, vez que ser coxinha depende não só de você, mas da opinião dos outros sobre você. Mas eu já fui tão coxinha que não precisava ninguém dizer, basta olhar pra figura que eu vou mostrar aqui pra vocês...

17 anos. Boa aluna. Boas notas nos Processos Seletivos Seriados para as universidades públicas. Aprovada antes de terminar o colégio no vestibular de direito da melhor faculdade privada da cidade. Classe média alta. Típica patricinha, apesar de não me considerar fútil. Porque aí é que se encontra a meu ver a diferença entre um ignorante ou alienado qualquer e um coxinha. O coxinha se acha politicamente envolvido. Acha que entende de tudo um pouco. E defende seus "ideais" sem nenhum aprofundamento. E essa era eu. Que defendia com vontade o "EDUCAÇÃO SEM POLÍTICA", porque era a favor, riam, de um ensino neutro. Que travava discussões acaloradas em sala de aula, falando besteiras e besteiras sem embasamento algum e que sim, caminhou até a Universidade Federal do Pará na "Marcha contra as Cotas", cotas sociais, diga-se de passagem. Nem ouso falar o que eu eu achava das raciais. 

Entrei na faculdade. Cursei uma semana de direito no Cesupa, quando saiu o resultado da Federal e eu entrei naquele mundo desconhecido chamado Universidade Pública. Confesso que antes de melhorar ainda piorei, falei mal do movimento estudantil (povo que só queria desculpa pra não assistir aula), do movimento de mulheres (as feminazi, como não falar? Tá, eu não usava esse termo, mas devia falar algo como "bando de mulher chata"), dos movimentos sociais, da esquerda em geral e etc. 

Até que fui estudando. Me aproximando dos direitos humanos, da filosofia, da ciência política. 

Passei pela fase da completa negação e completa falta de posicionamento. Nossa como eu me sentia perdida. Não conseguia emitir uma opinião sobre nada. Porque o que eu pensei durante 20 anos estava enraizado, mas eu via que tinha algo de errado. E por algum tempo só ouvi e li. E fui arrancando algumas daquelas raízes por cima mesmo, na marra.

Hoje já consigo emitir opiniões com algum embasamento, mas não tenho vergonha de dizer que ainda não posso me posicionar sobre determinados assuntos. Também trabalho sempre com a possibilidade de mudar essa opinião mais a frente. Já admito sem medo que luto pela efetivação dos direitos humanos, que sou feminista, que meu posicionamento político é de centro-esquerda, mas que ainda não encontrei um partido político que me agrade, que sou a favor do bolsa família, da distribuição de renda, da reforma política, das cotas nas universidades, para escola pública, para negros, para deficientes e para indígenas. Que defendo o parto natural e o direito da mulher de escolher sobre o seu próprio corpo. Que sou a favor da legalização da maconha. 

Mas não era ter opiniões diferentes dessas que me faziam ser coxinha, entendam. Era a forma de defendê-las. Era o se achar superior, o não enxergar mais do que a minha própria realidade e claro, ler e acreditar em tudo que a revista Veja dizia. 

Então, feita a confissão, acho que podemos continuar nossas conversas, sem hipocrisia.



quarta-feira, 2 de julho de 2014

Ficando feminista

Como eu já mencionei antes eu já fui do time do "não gosto desse papo de feminista", "não tenho nada contra os homens, só quero direitos iguais" e tal. 
E mesmo depois de perceber que uma coisa não tem nada a ver com a outra e aceitar que ser feminista podia ser bom, demorei ainda mais em me admitir como feminista. 
Aliás, confesso que até hoje ainda tenho receios as vezes. Porque eu cresci em uma sociedade machista e muitas vezes sigo comportamentos machistas e até os reforço, afinal, não é nada fácil se desvencilhar de ideias que nos foram passadas como "naturais", "normais" e que até hoje são reforçadas pela mídia e pela sociedade como um todo. 
Achava que o fato de eu ainda ter esses comportamentos, de ser católica, de ser romântica e ter casado aos 23 anos me tornavam inapta a usar o título de feminista, afinal não se parece nem um pouco com o modelo de feminista que eu tinha em mente. Mas aí eu lembro que tudo isso foram escolhas minhas ou fazem parte da minha personalidade e não me diminuem como mulher. Que o fato de eu não ter uma concepção formada sobre o aborto ou de não concordar com algumas pautas de alguns movimentos de mulheres não me faz não-feminista. Que ser feminista abrange diversas possibilidades e não uma única forma de ser. Isso quando eu to racional, claro.
Mas aí a pessoa aqui, que é louca por scrapbook, vê o seguinte anúncio no facebook: "suas filhas vão amar nosso vurso de scrap nas ferias!". E a primeira coisa que pensei foi: porque raios excluíram os meninos do público alvo, gente? Até scrapbooking é coisa de menina agora? Aí me enxerguei e me assumi. É, acho que tô ficando feminista mesmo.


*esse texto contém alguma dose de ironia, mas eu não dou boa nisso, por isso preciso explicar em nota antes de ser crucificada. 

Metendo o bedelho

Opinião é uma coisa engraçada, né? 

Tem gente que só quer opinião se for concordar com ela. Então é assim: você apresenta um problema - numa conversa, numa rede social - se você o dividiu com aquele grupo de pessoas, você indica que aceita que elas lhe deem opiniões, dicas, conselhos para solucioná-los, certo? Mas aí alguém te dá uma opinião, uma sugestão totalmente fora daquilo que você aceita ou imaginaria e você acha tão absurdo que fica com raiva e acha que a pessoa devia simplesmente ter guardado aquilo pra si, afinal, pra que se intrometer? Aí eu pergunto: pra que falar então, gente? 

Tenho percebido tanta intolerância ultimamente que até me assusto olha. Acho que ando precisando aprender a meditar. Logo eu, que adoro dar opinião, ando precisando aprender a ficar quieta. Ou posso continuar arriscando minhas relações sociais e falando quando achar que devo.

Lembro que aqui todos podem ficar à vontade pra expressar suas opiniões. Não tem raivinha não povo! rs

A Besta Chorona.

Essa sou eu, a que chora em comerciais.


Alguém mais??

terça-feira, 1 de julho de 2014

A moça dos blogs.

Essa sou eu. 

Tive meu primeiro blog com 13 anos e daí não parei. Não que eu tenha algo realmente de importante pra dizer, mas eu descubro cada dia mais que sou uma pessoa verbal. Preciso de palavras para me expressar, preciso escrever e sim, preciso ser lida. Porque gosto de ser questionada, perguntada, criticada nas coisas que tenho pra falar e na era das redes sociais quem ainda escreve pra si, né? Toda vez que reabro um blog antigo vejo quanta besteira eu falei e como mudei de ideia, a partir de debates, de diálogos, de aulas. 

Tenho feito isso no Facebook atualmente, mas tem um grande problema. Lá somos todos "amigos" e se você escreve algo aleatoriamente, tudo pode parecer indireta, pessoal e bla bla bla. E nesse ponto sou meio sem paciência, porque apesar de gostar de ser lida e gostar de saber opiniões diferentes das minhas eu escrevo pra mim. Escrevo para refletir. Para registrar. E para dividir pensamentos e ideias. Não escrevo pra criticar fulano, falar mal do ciclano ou parecer isso ou aquilo. 

Outro problema é que as pessoas se ofendem muito com o que lêem no facebook, se você expressa uma opinião de que, por exemplo, acha errado bater em crianças, todo mundo na sua timeline que bate nos seus filhos ou que apanhou quando criança e não acha isso um problema vai te odiar e tentar te convencer com unhas e dentes de como aquilo foi bom e quando você mostrar que tem fundamentos pra basear sua opinião vão te chamar de "metida a esperta", "arrogante" ou te mandar um "beijinho no ombro" por estar expressando sua opinião em sua própria timeline. 

Então assim, me interessam outras opiniões. E muito. Mas o fato de de repente manter a minha sobre certo assunto não quer dizer que eu seja cabeça dura. Pelo contrário, quer dizer que eu li outros argumentos e ainda assim acredito que as razões que sustentam a minha opinião continuam fazendo sentido. O que nem sempre acontece, obviamente. Diversas vezes já mudei de opinião, exatamente assim.

Por fim, queria dizer que to aqui pra escrever sobre o que me der vontade. Esse blog não tem um tema, por assim dizer. Embora, inevitavelmente, certos temas que são do meu interesse devam aparecer com frequência por aqui. Eu sou advogada, mestranda em direitos humanos. Logo, direitos humanos aparecerão eventualmente por aqui. Sou mulher e tenho lido cada vez mais sobre feminismo e descoberto uma feminista dentro dessa que abominava esse termo na faculdade - ré confessa, eu sou. Outro tema que deve aparecer por aqui. Apesar de não ser mãe, me interesso bastante por assuntos ligados à maternidade e criação de filhos, o que de certa forma está ligado ao meu interesse pelo desenvolvimento humano, especialmente na infância. Outros temas pra ver por aqui. Amo viajar, estudar línguas, cozinhar e comer, psicologia, arte... Mas talvez bem mais que isso apareça, ou não. Sou mestre em abandonar blogs. hehe. 

Então, se você chegou até aqui, seja bem-vindo (colegas feministas, sorry, mas ainda não acostumei a usar X ou @ e nem sei se isso vai acontecer), puxe uma cadeira e bora conversar??

Ah, eu falo pra caramba!